Rumores, rumores... A M&A no AdTech em todo o seu esplendor!
A semana passada saiu uma notícia da aquisição da Audigent pela Experian, e ontem acordamos com o rumor sobre a possível fusão entre dois grandes grupos de agências (IPG e OMG). Quando um meio como o WrSJ publica a informação, não é apenas um rumor, mas algo que parece prestes a tornar-se realidade.
E esta possível fusão entre OMG e IPG pode ter muito mais hipóteses de concretizar-se do que a tentativa falhada de OMG e Publicis em 2013, por três razões principais:
1. Um parceiro claramente dominante
Nesta ocasião, a Omnicom possui o dobro da capitalização de mercado da IPG, tornando esta operação mais semelhante a uma aquisição do que a uma fusão entre iguais.
2. Maior alinhamento cultural
Ambas empresas estão centradas no mercado norte-americano, o que facilita uma compreensão comum, formas de trabalho partilhadas e maior alinhamento na forma de fazer negócios.
3. Resolução de pontos conflituosos
Em 2013, um dos obstáculos foi decidir quem seria o CFO da nova entidade. Parece provável que esta questão já esteja resolvida, provavelmente a favor da Omnicom.
Será que veremos Publicis e Havas a dar o próximo passo? A união de duas empresas francesas poderia ser o movimento lógico seguinte. De qualquer forma, desejamos o melhor às empresas envolvidas, especialmente aos seus colaboradores.
Mais rumores de aquisições:
O WSJ sugere que o The Trade Desk (TTD) poderia comprar a Roku para melhorar sua posição no mercado de CTV (televisão conectada). Contudo, outros acreditam que a Roku deveria adquirir a Magnite para entrar no jogo da otimização do lado da oferta (SPO - Supply Path Optimization).
Desafios para TTD e Roku:
A aquisição da Roku por TTD exigiria a compra de múltiplos fabricantes de hardware para alcançar mercados importantes. Atualizar dispositivos existentes com novos sistemas operativos (OS) e experiências de utilizador (UX) seria extremamente caro e complexo. Além disso, o custo dos chips necessários para estas atualizações levanta preocupações de viabilidade económica.
Novo OS da TTD: Previsto para 2025, promete revolucionar a UX ao melhorar a descoberta de conteúdos e otimizar rotas publicitárias. Porém, enfrenta desafios como a transferência de parcerias contratuais existentes (Nielsen, TVision, iSpot) e a criação de um formato padrão global para conteúdos, algo improvável no curto prazo.
SPO e o futuro do Open Web:
A possível aquisição da Magnite por empresas como Roku ou AppLovin poderia ajudar a otimizar rotas publicitárias. No entanto, isso levanta preocupações sobre a necessidade de os publishers reduzirem sua dependência dos walled gardens (plataformas fechadas).
O desafio? Fortalecer o Open Web como alternativa, criando um ecossistema publicitário mais aberto e competitivo.
Conclusão:
Estamos a assistir a um período de transição na publicidade em CTV, onde empresas como TTD buscam inovar, mas enfrentam limitações estruturais. Ao mesmo tempo, é crucial promover o Open Web como contrapeso aos ecossistemas fechados, incentivando a colaboração e a inovação em toda a indústria.
O que acontecerá? Iremos contando tudo no PROGRAMMATIC PORTUGAL!