LiveRamp supera as expectativas e aumenta a sua receita para 185 milhões de dólares no terceiro trimestre
LiveRamp aumentou a sua receita no terceiro trimestre de 2024, passando de 160 milhões de dólares no ano passado para 185 milhões de dólares no mesmo período deste ano. O anúncio foi feito na semana passada pelo CEO, Scott Howe, que afirmou que a empresa está se beneficiando, entre outros fatores, do fim do negócio publicitário da Oracle e do crescimento geral do setor de publicidade digital. Contudo, o principal impulso veio, sem dúvida, dos segmentos CTV e commerce media.
As ações da LiveRamp perderam cerca de 33,4% desde o início do ano, em contraste com a alta de 21,2% do S&P 500. A sustentabilidade do movimento imediato do preço das ações, com base nas recentes cifras e nas expectativas de ganhos futuros, dependerá principalmente dos comentários da direção na conferência sobre resultados.
Como explicou o CEO, a LiveRamp tem o firme compromisso de se tornar uma empresa que segue a “Regra dos 40”. Este termo do mundo dos MBAs refere-se a quando uma empresa SaaS “tem uma taxa de crescimento combinada e uma margem de lucro de 40”, segundo o AdExchanger. Até meados do próximo ano, espera-se que a LiveRamp alcance a meta da Regra dos 30, com uma taxa de crescimento prevista de 12% e uma margem de lucro operacional de 18%, conforme Howe anunciou aos investidores.
“Tornar-se uma empresa com a Regra dos 40 não tem nada de mágico. A empresa está cortando custos de forma ortodoxa”, comentou a diretora financeira Lauren Dillard, que destacou a deslocalização como uma “grande alavanca para o negócio” (a LiveRamp passou de 60 para 250 postos de trabalho deslocalizados no último ano).
Aposta no entretenimento
Quando se trata de mídia e publicidade, a LiveRamp aposta na proposta de uma full-funnel. network “Nos últimos dois anos, falamos muito das Retail Media Networks, mas vamos adicionar essas entertainment networks que começaremos a ver”, afirmou Howe.
Segundo ele, a LiveRamp está colaborando com “praticamente todas” as grandes empresas de streaming CTV para oferecer seus serviços como Data Clean Room. No entanto, Howe mencionou que esses acordos com grandes nomes do entretenimento, como a Netflix, só começarão a ganhar tração no próximo ano, uma vez que novos produtos de publicidade online não são testados no quarto trimestre.
Atualmente, os acordos de Data Clean Room da LiveRamp com Netflix, Disney e outras empresas de CTV estão alinhados com grandes anunciantes, e o mesmo ocorre no commerce media. A LiveRamp é parceira do Walmart Connect, mas o Walmart ainda está desenvolvendo a plataforma, embora o produto já esteja sendo usado por algumas marcas.
Além dos anunciantes e publishers, outro componente essencial da rede da LiveRamp é seu data marketplace. De acordo com Howe, a LiveRamp identificou determinadas fontes de dados como “colaboradores valiosos” (grandes varejistas, empresas de CTV ricas em dados ou as principais companhias aéreas), que pretende incorporar à sua rede.
Para a LiveRamp, isso representa um importante diferencial. O grafo de identidades e o data marketplace são inseparáveis da proposta de valor de seu serviço de Data Clean Room. Outros fornecedores de Data Clean Rooms, como a InfoSum, por exemplo, criam o próprio Clean Room de uma empresa para funcionar como um serviço de walled garden para segmentação e medição de anúncios.
A LiveRamp, por outro lado, aposta que os grandes anunciantes e empresas de mídia vão querer não só a tecnologia de Data Clean Room, mas também uma espécie de “centro comercial”, diz Howe, onde possam explorar a oferta da LiveRamp.
“Essa Clean Room Network é uma importante oportunidade de crescimento”, afirma Howe. “Acreditamos que a combinação de nossas capacidades de identidade, conectividade, acesso a dados e Clean Room, todas em uma única plataforma, acessíveis para todo o ecossistema, constitui uma vantagem competitiva única”, concluiu.